quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aventuras que se perderam com o tempo




       Quando criança, amava ir à casa dos meus avós que ficava na roça. Andar a cavalo, percorrer todo o quintal. Ir ao poleiro xeretar as galinhas e brincar no balanço. Às vezes eu e minha mãe sentávamos debaixo do pé de manga e ficávamos admirando o pasto. A paisagem calma, as vacas, e a grama verdinha. Eu cresci e não tinha mais tempo para isso.
       Desde a última vez em que fui à casa dos meus avós, nada mais foi como antigamente. O cavalo em que eu andava, não estava mais lá. O Pé de manga... Colocaram uma cerca impedindo a passagem. O quintal onde eu voava com os pés no chão, ainda estava lá, só que ficou pequeno.
       Desde a última vez em que fui lá perdi o interesse de brincar. De ir ao curral, de ir no chiqueiro visitar os porcos, de tirar leite com meu avô. Desde a última vez em que fui lá perdi o interesse de tudo, de ser criança.
      Hoje, já mais velha estou vivendo uma adolescência com problema de estresse. Sem tempo para brincar. Sem quintal para voar com os pés no chão. Sem cavalo para andar. O que existe para mim agora é a televisão e o computador, mais nada. Hoje vejo que sou uma adolescente que perdeu a infância cedo.







Geovana Silva Castro
8° ano

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